domingo, 15 de julho de 2007

Anjos Perdidos


O beijo que nos une é o mesmo que nos afasta,
Incessante procura em ambos do amor perdido,
De almas que maltrataram e sugaram nosso néctar.
Como vampiros famintos, retirando nossas forças.

Dois anjos perdidos de paixão
Onde finalmente os olhares se encontraram
Almas incompletas, em busca do cálice,
Que podem se completar num mesmo túmulo

Nossos corpos finalmente se encontraram
Imprevisivelmente, repentinamente.
Será pérfida nossa fatal união?
O beijo tácito ao mesmo tempo grita.
Ansioso para descobrir
O que o destino nos guardou

O desespero agonizante entre as profundezas
De nossas almas prevalece, emergindo,
Das trevas por onde passamos

Podes confiar em mim meu anjo,
Guardar-te-ei, assim como tu também o fazes
Assim sobreviveremos neste mundo insano
Lutando contra famintos vampiros, eternamente.


A. B. (10/2005)

2 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema!Bela contribuição uhuullll !!! Continua postando !!

Anônimo disse...

Obrigada pelo elogio. Não sei se está no estilo de vocês, mas espero ter contribuído pra um "novo galho" nessa árvore da arte e expressão que terá muito sucesso na internet!

A.B.