sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Luísa fazia sempre de conta. Talvez ainda não havia saído da infância, ou então, tinha uma infância tardia.
Tudo era motivo para que algo fosse maquiado em sua imaginação, afim de deixar tudo perfeito, tudo ao seu gosto.
Gostava de dormir ouvindo o farfalhar das folhas ao vento, no extenso pomar que havia em seu quintal. Gostava também do mar, embora só o tenha visto uma vez na vida, com seis anos de idade, tenra infância, vasta imaginação...
Para Luísa, o vento não era apenas o vento e as folhas não cumpriam apenas o papel normal de uma folha, não existiam apenas, ruidosas com o vento da noite; o ruído que proporcionavam era o barulho do mar, da maré que subia. E geralmente pegava no sono imaginando os barcos pesqueiros, ao longe.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Outro quadro.

Material: óleo sobre tela